domingo, 9 de agosto de 2009

Dez Anos De Programa Próprio

Olá!!!

Bom, hoje é dia dos pais e imagino que as pessoas já tenham lido muitas mensagens a respeito.

Quero apenas, sem ofuscar um dia tão feliz, de lembrar que hoje eu completo 10 anos apresentando programa próprio em São Paulo.

Um sonho realizado.

Eu cheguei em São Paulo em fevereiro e na semana seguinte passei a participar do programa do padre Marcelo.

Em julho, a América queria alcançar e ultrapassar a Globo. Conseguimos isso em dezembro de 2001, conforme o ibope oficial da época, o que culminou com a saída do padre da América e nossa ida para a Globo em 15 de janeiro de 2002.

Mas, anos antes, era julho, a América queria decolar logo cedo e a audiência não estava boa no início da madrugada. O Eli Correa entrava quase zerado.

Havia programas gravados antes dele.

Então, meu amigo Franco Carlos não sabia o que fazer. Me lembro que fomos em moema numa noite bater um papo.

Ele estava saindo da sala dele, eu estava na minha. Era umas 8 da noite. Em cima da mesa, um pedaço de pizza de mussarela (eu só jantava isso porque era o que o dinheiro dava pra pagar) e um guaraná (era a promoção da padaria quase em frente a América, na Lins de Vasconcelos). Você comprava o guaraná e ganhava o pedaço de pizza requentado, que tinha sido feito por volta das 18. Ou seja, chegava às 19, eles, pra não jogar, colocavam em promoção e eu voltava pra rádio com o pedaço de pizza de mussarela já todo emborrachado.

Como no meu quarto, em um porão nos fundos de uma casa antiga ali na Vergueiro (ao lado da rádio) não tinha tevê, eu ficava na rádio até de noite pra dar sono. Aproveitava para ler os pedidos de oração enviados ao padre Marcelo e produzir o programa para o dia seguinte, já que cedinho eu subia na famosa Kombi para participar no programa dele de algum canto da cidade.

O Franco, vendo a cena, me convidou para acompanhá-lo. Masquei o último pedaço de borracha de mussarela e guardei a lata de guaraná na gaveta para aproveitar no dia seguinte e economizar.

Fomos a um restaurante, batendo papo. Até que ele soltou que estava preocupado com o que fazer antes do Eli Correa, que precisava fazer algo mas não tinha idéia.

No bate-papo, e comendo uma comida mineira (a farofa de milho com cebola estava 1000 vezes melhor que a borracha de mussarela) eu comecei a tagarelar do nada.

Era sinal que o sono estava chegando. E de estômago bem tratado, eu começo a rir geralmente. E comecei a rir e falar da idéia de um programa assim e assado.

Ele adorou a idéia. Eu só não sabia que ele gostara tanto que sentia que eu deveria ser o apresentador. Só vim descobrir isso quase em cima da hora.

Hoje faz 10 anos que entrei no ar naquela madrugada de 9 de agosto.

E deu no que deu.

Abração.

RICARDO LEITE.

FONTE: http://www.ricardoleitecomvoce.com.br/

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