Olá!!!
O Padre Sergio de maneira especial fez comigo um grande programa hoje: sobre o dia da Saudade.
Uma oração específica para este dia.
Paralelo a isso, tivemos em São Paulo, a famosa Marcha Pra Jesus, de uma denominação evangélica. Estava vendo as imagens e foi muito bom, apesar da presença do casal Hernandes, detido nos EUA por causa de dinheiro na Bíblia...
O curioso é que em eventos assim, é engraçado como aflora o lado marqueteiro dos líderes religiosos.
As imagens mostram uma quantidade incrível de pessoas lotando avenidas e praças. Me lembrou bastante, muito, muito, a quantidade de pessoas que compareceram nos eventos religiosos organizados em Interlagos, por católicos.
No entanto, desta vez, de forma isenta, até porque vem sendo cobrada por isso, a PM estimou o público em no máximo 1 milhão de pessoas.
Boa parte do dia, a PM estimava em não mais do que 250 mil pessoas na Marcha. Os organizadores já falavam em 1 milhão de pessoas.
No clímax do evento, a PM notou que havia mais gente e aumentou o número. Foi o suficiente para os organizadores falarem em 2 milhões de fiéis.
Aí aparece nas contas o famoso número de pessoas circulantes. Ou seja, aquelas pessoas que passam um pouco por ali, ficam um tempinho e se mandam. Em cima disso, apesar da PM, somando tudo, ter chegado a um número em torno de no máximo 1 milhão de pessoas, os organizadores já berravam no microfone que tinham 3 milhões de pessoas.
É o chamado marketing da fé. Lembro-me de alguns eventos na Paulista. Apagaram o fogo dos marqueteiros da fé quando um engenheiro fez um cálculo sobre a extensão da avenida e sua largura. Fez um cálculo generoso como se todos tivessem ficado espremidos ali, de ponta a ponta.
Lembre-se que nunca é utilizada toda a avenida, mas geralmente da Brigadeiro pra frente, até a Consolação. Ou até menos. Mas, esse engenheiro fez o cálculo da avenida toda e chegou a um número 7 ou 8 vezes menor do que os marqueteiros da fé. Ou seja, mesmo que tivesse lotado, nunca caberia aquele número ali.
Seguindo esse raciocínio, se você for medir e fazer as contas onde certos eventos são realizados, você perceberá que os números são desproporcionais ao local.
Conheço um local por exemplo, usado para sediar missas, onde o alvará do Contru libera um número bem abaixo do que os marqueteiros divulgam.
Outra cena curiosa é de um local onde um religioso garante ter 30 mil pessoas em suas missas. Mesmo que somadas todas as missas do dia, nunca chegaria nesse número.
O cálculo é simples, o Contru liberou o lugar para algo em torno 8 mil lugares. Olhando as celebrações, com muitos espaços no fundo e com as laterais totalmente vazias, você percebe (e o religioso sabe) que ali não tem mais do que 4 ou 5 mil pessoas. Sem contar que boa parte assiste missas o dia todo sem sair do lugar. Ou seja, nem pensar em um número maior do que 8 mil pessoas em todas as missas. Mas, tem gente que sonha que faz missas para 30 mil pessoas.
Dias atrás, fui no estádio do Morumbi. Arquibancada lotada. Numeradas. Hoje em dia não existe mais aquela evasão de renda pois tudo é computadorizado, com chip, cartão magnético, etc. Ou seja, saiu da bilheteria é registrado pela receita federal inclusive. O estádio estava bufando de gente. Deu 34 mil pessoas. E aí vem um sujeito, com um espaço medindo metade de um campo de futebol, sem arquibancadas e diz que no salão dele entram 30 mil pessoas.
Enquanto Jesus multiplicava os pães, alguns religiosos marqueteiros estão se especializando em inflar os números de fiéis, para guardar esse número como troféu.
Acho que isso não acrescenta nada no dia da saudade. Mesmo porque quem tem um parente ou alguém querido falecido, se importa com a ausência de uma única pessoa.
No dia da saudade fiquei muito feliz com a oração que proporcionamos com o Padre Sergio. Espero ter atingido o coração de uma única pessoa. Já terá valido a pena.
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: http://www.ricardoleitecomvoce.com.br
O Padre Sergio de maneira especial fez comigo um grande programa hoje: sobre o dia da Saudade.
Uma oração específica para este dia.
Paralelo a isso, tivemos em São Paulo, a famosa Marcha Pra Jesus, de uma denominação evangélica. Estava vendo as imagens e foi muito bom, apesar da presença do casal Hernandes, detido nos EUA por causa de dinheiro na Bíblia...
O curioso é que em eventos assim, é engraçado como aflora o lado marqueteiro dos líderes religiosos.
As imagens mostram uma quantidade incrível de pessoas lotando avenidas e praças. Me lembrou bastante, muito, muito, a quantidade de pessoas que compareceram nos eventos religiosos organizados em Interlagos, por católicos.
No entanto, desta vez, de forma isenta, até porque vem sendo cobrada por isso, a PM estimou o público em no máximo 1 milhão de pessoas.
Boa parte do dia, a PM estimava em não mais do que 250 mil pessoas na Marcha. Os organizadores já falavam em 1 milhão de pessoas.
No clímax do evento, a PM notou que havia mais gente e aumentou o número. Foi o suficiente para os organizadores falarem em 2 milhões de fiéis.
Aí aparece nas contas o famoso número de pessoas circulantes. Ou seja, aquelas pessoas que passam um pouco por ali, ficam um tempinho e se mandam. Em cima disso, apesar da PM, somando tudo, ter chegado a um número em torno de no máximo 1 milhão de pessoas, os organizadores já berravam no microfone que tinham 3 milhões de pessoas.
É o chamado marketing da fé. Lembro-me de alguns eventos na Paulista. Apagaram o fogo dos marqueteiros da fé quando um engenheiro fez um cálculo sobre a extensão da avenida e sua largura. Fez um cálculo generoso como se todos tivessem ficado espremidos ali, de ponta a ponta.
Lembre-se que nunca é utilizada toda a avenida, mas geralmente da Brigadeiro pra frente, até a Consolação. Ou até menos. Mas, esse engenheiro fez o cálculo da avenida toda e chegou a um número 7 ou 8 vezes menor do que os marqueteiros da fé. Ou seja, mesmo que tivesse lotado, nunca caberia aquele número ali.
Seguindo esse raciocínio, se você for medir e fazer as contas onde certos eventos são realizados, você perceberá que os números são desproporcionais ao local.
Conheço um local por exemplo, usado para sediar missas, onde o alvará do Contru libera um número bem abaixo do que os marqueteiros divulgam.
Outra cena curiosa é de um local onde um religioso garante ter 30 mil pessoas em suas missas. Mesmo que somadas todas as missas do dia, nunca chegaria nesse número.
O cálculo é simples, o Contru liberou o lugar para algo em torno 8 mil lugares. Olhando as celebrações, com muitos espaços no fundo e com as laterais totalmente vazias, você percebe (e o religioso sabe) que ali não tem mais do que 4 ou 5 mil pessoas. Sem contar que boa parte assiste missas o dia todo sem sair do lugar. Ou seja, nem pensar em um número maior do que 8 mil pessoas em todas as missas. Mas, tem gente que sonha que faz missas para 30 mil pessoas.
Dias atrás, fui no estádio do Morumbi. Arquibancada lotada. Numeradas. Hoje em dia não existe mais aquela evasão de renda pois tudo é computadorizado, com chip, cartão magnético, etc. Ou seja, saiu da bilheteria é registrado pela receita federal inclusive. O estádio estava bufando de gente. Deu 34 mil pessoas. E aí vem um sujeito, com um espaço medindo metade de um campo de futebol, sem arquibancadas e diz que no salão dele entram 30 mil pessoas.
Enquanto Jesus multiplicava os pães, alguns religiosos marqueteiros estão se especializando em inflar os números de fiéis, para guardar esse número como troféu.
Acho que isso não acrescenta nada no dia da saudade. Mesmo porque quem tem um parente ou alguém querido falecido, se importa com a ausência de uma única pessoa.
No dia da saudade fiquei muito feliz com a oração que proporcionamos com o Padre Sergio. Espero ter atingido o coração de uma única pessoa. Já terá valido a pena.
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: http://www.ricardoleitecomvoce.com.br
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