Olá!!!
Eu tenho profundo respeito por toda a história deste país.
No entanto, os livros, poetas, escritores, pintores e mais recentemente, filmes, deveriam contar a história verdadeira e real dos fatos.
Acho uma discrepância a gente comemorar neste dia 21 de abril com feriado e não comemorar o dia 22.
Criaram lendas de que a Inconfidência (que merece todo respeito histórico) foi o embrião da Independência. Se você conversar com histgoriadores sérios verá que não foi bem isso.
Outras lendas foram criadas como Tiradentes um herói nacional.
Na verdade, Tiradentes ficou órfão de pai e mãe. Criado por tias, teve uma vida mais solta.
Tanto é que passou por várias profissões, inclusive mascate e dentista (daí seu "apelido"). Revoltado com a falta de oportunidades, andou por vários cantos e sempre gostando de movimentos reacionários.
Passou muitas dificuldades para obter necessidades básicas. Então, resolveu ter um salário garantido. Entrou para a vida militar. E com méritos conseguiu chegar ao posto de Alferes (o que hoje seria mais ou menos "segundo tenente").
Paralelo a isso, a elite mineira devia muitos impostos para a Coroa Portuguesa. E vários membros (desembargadores, juízes, poetas, médicos) começaram a se reunir contra a Derrama, que era a cobrança de 1/5 (um quinto) em impostos.
Então, resolveram criar um movimento reacionário mais para livrar as próprias peles de pagar impostos.
Tiradentes não foi nem de longe o líder desse movimento. Simplesmente participou de algumas reuniões e não tinha voz ativa. Era do segundo escalão do movimento.
Sentava e assistia os líderes tecerem comentários.
Quando houve a traição, ninguém assumiu ter feito nada. Todos negaram.
A diferença é que no julgamento das coisas, os nobres e senhores da elite foram ouvidos e exilados ou no máximo presos.
Já Tiradentes era falastrão, pobre e não muito culto. Resolveu falar contra a coroa.
Pra não passar a impressão de total omissão com uma possível rebelião em Minas, veio a ordem da Rainha Maria de Portugal pra que houvesse pelo menos uma execução.
Quem foi escolhido? O falastrão Tiradentes. Não tinha raízes e muito menos dinheiro.
Foi morto e esquartejado. O resto da história as pessoas sabem.
Ou seja, neste dia 21 o país para pela morte de um bode expiátorio de um "movimento" criado pela elite com objetivo de escapulir dos impostos que deviam.
O movimento foi extremamente local, quase não teve reflexo algum em São Paulo e Rio de Janeiro. Não tinha nem de longe expressão nacional.
Aí surgiram poetas e pintores para contar uma outra história.
Queriam criar um mártir. E colocaram Tiradentes como um sujeito bonzinho, extremamente inteligente, culto, acima da média e com total influência no movimento e entre os líderes do movimento.
Para conquistar o público ainda pintaram Tiradentes com barbas e cabelos compridos para se assemelhar a Jesus Cristo. Não contentes ainda contaram a cena como um sujeito vítima da traição de um Judas também, que teve morte violenta, esquartejado, que teria morrido para "nos libertar".
Menos gente. Tiradentes era alferes. E como militar ele tinha o cabelo curto e barba muito bem feita.
É aquilo que sempre falo: se as pessoas soubessem como funcionam os bastidores de determinados locais considerados heróicos, santos, intocáveis, as pessoas veriam como estão sendo engambeladas há muito tempo.
Meus respeitos à memória de Tiradentes. Foi importante sim. Mas, longe de ser líder de um movimento nacional.
Meus respeitos à Inconfidência. Mas, longe de ser um objetivo em benefício apenas do povo.
Por isso, acho que 22 de abril sim que deveria ser feriado nacional. É descobrimento do Brasil. É aniversário deste país. Mas, as pessoas parecem gostar de histórias mal contadas...
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: www.ricardoleitecomvoce.com.br
Eu tenho profundo respeito por toda a história deste país.
No entanto, os livros, poetas, escritores, pintores e mais recentemente, filmes, deveriam contar a história verdadeira e real dos fatos.
Acho uma discrepância a gente comemorar neste dia 21 de abril com feriado e não comemorar o dia 22.
Criaram lendas de que a Inconfidência (que merece todo respeito histórico) foi o embrião da Independência. Se você conversar com histgoriadores sérios verá que não foi bem isso.
Outras lendas foram criadas como Tiradentes um herói nacional.
Na verdade, Tiradentes ficou órfão de pai e mãe. Criado por tias, teve uma vida mais solta.
Tanto é que passou por várias profissões, inclusive mascate e dentista (daí seu "apelido"). Revoltado com a falta de oportunidades, andou por vários cantos e sempre gostando de movimentos reacionários.
Passou muitas dificuldades para obter necessidades básicas. Então, resolveu ter um salário garantido. Entrou para a vida militar. E com méritos conseguiu chegar ao posto de Alferes (o que hoje seria mais ou menos "segundo tenente").
Paralelo a isso, a elite mineira devia muitos impostos para a Coroa Portuguesa. E vários membros (desembargadores, juízes, poetas, médicos) começaram a se reunir contra a Derrama, que era a cobrança de 1/5 (um quinto) em impostos.
Então, resolveram criar um movimento reacionário mais para livrar as próprias peles de pagar impostos.
Tiradentes não foi nem de longe o líder desse movimento. Simplesmente participou de algumas reuniões e não tinha voz ativa. Era do segundo escalão do movimento.
Sentava e assistia os líderes tecerem comentários.
Quando houve a traição, ninguém assumiu ter feito nada. Todos negaram.
A diferença é que no julgamento das coisas, os nobres e senhores da elite foram ouvidos e exilados ou no máximo presos.
Já Tiradentes era falastrão, pobre e não muito culto. Resolveu falar contra a coroa.
Pra não passar a impressão de total omissão com uma possível rebelião em Minas, veio a ordem da Rainha Maria de Portugal pra que houvesse pelo menos uma execução.
Quem foi escolhido? O falastrão Tiradentes. Não tinha raízes e muito menos dinheiro.
Foi morto e esquartejado. O resto da história as pessoas sabem.
Ou seja, neste dia 21 o país para pela morte de um bode expiátorio de um "movimento" criado pela elite com objetivo de escapulir dos impostos que deviam.
O movimento foi extremamente local, quase não teve reflexo algum em São Paulo e Rio de Janeiro. Não tinha nem de longe expressão nacional.
Aí surgiram poetas e pintores para contar uma outra história.
Queriam criar um mártir. E colocaram Tiradentes como um sujeito bonzinho, extremamente inteligente, culto, acima da média e com total influência no movimento e entre os líderes do movimento.
Para conquistar o público ainda pintaram Tiradentes com barbas e cabelos compridos para se assemelhar a Jesus Cristo. Não contentes ainda contaram a cena como um sujeito vítima da traição de um Judas também, que teve morte violenta, esquartejado, que teria morrido para "nos libertar".
Menos gente. Tiradentes era alferes. E como militar ele tinha o cabelo curto e barba muito bem feita.
É aquilo que sempre falo: se as pessoas soubessem como funcionam os bastidores de determinados locais considerados heróicos, santos, intocáveis, as pessoas veriam como estão sendo engambeladas há muito tempo.
Meus respeitos à memória de Tiradentes. Foi importante sim. Mas, longe de ser líder de um movimento nacional.
Meus respeitos à Inconfidência. Mas, longe de ser um objetivo em benefício apenas do povo.
Por isso, acho que 22 de abril sim que deveria ser feriado nacional. É descobrimento do Brasil. É aniversário deste país. Mas, as pessoas parecem gostar de histórias mal contadas...
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: www.ricardoleitecomvoce.com.br
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