Olá!!!
O que algumas pessoas não perceberam é que estamos no século 21 e muitas coisas mudaram.
As formas e as maneiras de lidar com o pensamento coletivo mudaram. Os antigos formatos já não dão mais certo.
Aqueles que não enxergam isso (apesar dos alertas aqui) estão despencando e já não entendem porque determinados números não alcançam o mesmo vigoroso vôo de antes.
Veja o caso dos filmes.
O cinema já se antecipou por 30 ou 40 anos determinadas coisas.
Mostrou uma vez um sujeito no final da década de 70 atendendo ao telefone dentro do carro. Lá no interior, eu e mais alguns caipiras achávamos que havia um enorme cabo saindo do escapamento e sendo solto pelas ruas.
Na década de 80 fiquei espantado quando o cinema mostrou um sujeito falando dos 100 canais em sua tevê a cabo. Lá no sítio que eu morava pegava 5 canais e eu já achava que estava arrebentando.
No começo da década de 90 eu vi no cinema pela primeira vez pessoas conversando pelo computador através da precursora do msn.
Então se você for analisar, coisas que são fictícias ou malucas nos filmes na verdade é um bem montado esquema patrocinado por empresas que não aparecem nos filmes. Ou de onde você acha que surgem 70 ou 100 milhões de dólares pra se fazer um filme?
Eles inventam uma coisa. E enquanto vão burilando e testando, eles já vão fazendo com que as pessoas sintam o gosto e exclamem no cinema "olha que maravilha, ele nem chegou em casa e já ligou o microondas através do celular".
Então eu tenho mais uma realidade que se aproxima pra você.
O CNJ deve aprovar hoje uma polêmica proposta: o fim do regime aberto no país. O conselheiro Walter Nunes, ex-presidente da Associação dos Juízes Federais, vai propor aos colegas acabar com o sistema previsto para condenados que já cumpriram um sexto da pena, tenham bom comportamento e tenham passado pelo regime semi-aberto.
Pela lei que prevê o regime aberto, os presos podem passar o dia nas ruas, podendo trabalhar, mas precisam voltar à noite para dormir nas Casas de Albergado. Aí mora o problema. Para conselheiros, a falta de albergues e a superlotação dos poucos existentes tornam inócuo esse regime, contribuindo para o aumento da criminalidade.
Nunes apresentará um projeto para ser enviado ao Congresso em que extingue esse sistema prisional, uma das principais metas do intitulado Ano da Justiça Criminal. No lugar, o CNJ deve propor um novo regime domiciliar aliado ao uso do monitoramento eletrônico - tornozeleiras e pulseiras são as principais opções em estudo.
Isso mesmo, os presos considerados menos ameaçadores terão o direito de dormir em suas casas porque o governo não tem cela pra todo mundo.
E para dar a sensação de que não estão livres, os mesmos andarão com tornozeleiras, tendo de cumprir metas. Por exemplo, se às 10 da noite o sujeito não estiver dentro de casa, o sensor instalado na sala dele vai detectar que o sujeito está longe e vai acionar um alarme que dispara na sala de justiça. Imediatamente um oficial de justiça vai até a casa do sujeito constatar sua falta.
Comprovada a ausência, imediatamente ele perderá o benefício e será trancafiado de novo.
Lógico que teremos falhas e corrupção pelo meio. Afinal, isto é Brasil. Mas, acho que vale a tentativa.
O que antes parecia ser ficção já deve se tornar em dois ou três anos uma realidade muito comum.
Talvez o gerente ou um colega de trabalho chegando com a tornozeleira possa provocar espanto no começo. Depois você se acostuma.
Da mesma maneira como provocava riso o sujeito falando sozinho dentro do carro e hoje é comum nas grandes cidades graças ao Bluetooth do celular.
Espero que o pessoal dos direitos humanos não apareça pra azucrinar. Reclamar que alguém está exposto com a tornozeleira é fácil, achar vaga pra todo mundo é que é a bucha.
Desta vez, o pessoal dos direitos humanos poderá inclusive ajudar. Quem reclamar que o preso está sendo ridicularizado com a tornozeleira poderá resolver o problema: levá-lo pra dormir na sua casa.
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: www.ricardoleitecomvoce.com.br
O que algumas pessoas não perceberam é que estamos no século 21 e muitas coisas mudaram.
As formas e as maneiras de lidar com o pensamento coletivo mudaram. Os antigos formatos já não dão mais certo.
Aqueles que não enxergam isso (apesar dos alertas aqui) estão despencando e já não entendem porque determinados números não alcançam o mesmo vigoroso vôo de antes.
Veja o caso dos filmes.
O cinema já se antecipou por 30 ou 40 anos determinadas coisas.
Mostrou uma vez um sujeito no final da década de 70 atendendo ao telefone dentro do carro. Lá no interior, eu e mais alguns caipiras achávamos que havia um enorme cabo saindo do escapamento e sendo solto pelas ruas.
Na década de 80 fiquei espantado quando o cinema mostrou um sujeito falando dos 100 canais em sua tevê a cabo. Lá no sítio que eu morava pegava 5 canais e eu já achava que estava arrebentando.
No começo da década de 90 eu vi no cinema pela primeira vez pessoas conversando pelo computador através da precursora do msn.
Então se você for analisar, coisas que são fictícias ou malucas nos filmes na verdade é um bem montado esquema patrocinado por empresas que não aparecem nos filmes. Ou de onde você acha que surgem 70 ou 100 milhões de dólares pra se fazer um filme?
Eles inventam uma coisa. E enquanto vão burilando e testando, eles já vão fazendo com que as pessoas sintam o gosto e exclamem no cinema "olha que maravilha, ele nem chegou em casa e já ligou o microondas através do celular".
Então eu tenho mais uma realidade que se aproxima pra você.
O CNJ deve aprovar hoje uma polêmica proposta: o fim do regime aberto no país. O conselheiro Walter Nunes, ex-presidente da Associação dos Juízes Federais, vai propor aos colegas acabar com o sistema previsto para condenados que já cumpriram um sexto da pena, tenham bom comportamento e tenham passado pelo regime semi-aberto.
Pela lei que prevê o regime aberto, os presos podem passar o dia nas ruas, podendo trabalhar, mas precisam voltar à noite para dormir nas Casas de Albergado. Aí mora o problema. Para conselheiros, a falta de albergues e a superlotação dos poucos existentes tornam inócuo esse regime, contribuindo para o aumento da criminalidade.
Nunes apresentará um projeto para ser enviado ao Congresso em que extingue esse sistema prisional, uma das principais metas do intitulado Ano da Justiça Criminal. No lugar, o CNJ deve propor um novo regime domiciliar aliado ao uso do monitoramento eletrônico - tornozeleiras e pulseiras são as principais opções em estudo.
Isso mesmo, os presos considerados menos ameaçadores terão o direito de dormir em suas casas porque o governo não tem cela pra todo mundo.
E para dar a sensação de que não estão livres, os mesmos andarão com tornozeleiras, tendo de cumprir metas. Por exemplo, se às 10 da noite o sujeito não estiver dentro de casa, o sensor instalado na sala dele vai detectar que o sujeito está longe e vai acionar um alarme que dispara na sala de justiça. Imediatamente um oficial de justiça vai até a casa do sujeito constatar sua falta.
Comprovada a ausência, imediatamente ele perderá o benefício e será trancafiado de novo.
Lógico que teremos falhas e corrupção pelo meio. Afinal, isto é Brasil. Mas, acho que vale a tentativa.
O que antes parecia ser ficção já deve se tornar em dois ou três anos uma realidade muito comum.
Talvez o gerente ou um colega de trabalho chegando com a tornozeleira possa provocar espanto no começo. Depois você se acostuma.
Da mesma maneira como provocava riso o sujeito falando sozinho dentro do carro e hoje é comum nas grandes cidades graças ao Bluetooth do celular.
Espero que o pessoal dos direitos humanos não apareça pra azucrinar. Reclamar que alguém está exposto com a tornozeleira é fácil, achar vaga pra todo mundo é que é a bucha.
Desta vez, o pessoal dos direitos humanos poderá inclusive ajudar. Quem reclamar que o preso está sendo ridicularizado com a tornozeleira poderá resolver o problema: levá-lo pra dormir na sua casa.
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: www.ricardoleitecomvoce.com.br
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