terça-feira, 23 de março de 2010

23/03/10 - O Jogo É Bem Outro

Olá!!!

Há um comentário de Nelson Rodrigues de que as pessoas soubessem o que as outras fazem na intimidade e como se comportam na hora do sexo teriam vergonha de se cumprimentar nas ruas.

Aproveitando eu digo: se as pessoas soubessem o que as celebridades fazem quando as câmeras estão desligadas teriam vergonha de pedir um autógrafo.

Digo isso com conhecimento de causa porque minha profissão permitiu que eu estivesse em locais ou eventos onde as celebridades gozam de privilégios em momentos muito particulares.

Entenda. Ninguém cometeu algum crime ou fez algo indecoroso.

Apenas tem um comportamento em nada comparado com aquilo que "representam" diante das câmeras.

Como todos seres humanos os VIPs ídolos também tem chiliques, ataques de estrelismo, ciúmes, se envolvem em cada fofoca que você não tem idéia.

O escritor Paulo Coelho é muito feliz em seu livro "O Vencedor Está Só" onde relata num romance policial os fatos envolvendo a chamada Super Classe.

Se você parar pra observar verá que temos no Brasil também a chamada Super Classe.

Nás páginas de entretenimento da internet ou nos jornais é comum ver os chamados membros da Super Classe chegando a uma festa disputada com cara de "tô nem aí".

Recentemente a revista Época foi muito feliz quando definiu os artistas A, B e C.

A classe C é formada por ex-bbb de edições passadas, assistente de palco do Gugu, cantor da banda do Faustão, modelo que precisa desfilar em quatrocentas escolas de samba pra ter duas linhas na revista Contigo, dupla sertaneja empresariada por jogador de futebol e por aí vai.

A classe B é fácil. Basta o sujeito, numa reportagem, ter sempre algo que o identifique. Significa que seu sucesso não foi suficiente ainda para que seu nome já o identifique, sendo necessário o motivo de ser "famoso". Por exemplo, Carla Perez do Tchan, Xandi do Harmonia, Tobias da Vai Vai, Rafinha do CQC, Serginho do BBB10, fulano do comercial das Casas Bahia, Edmundo do Palmeiras, Joelma do Calypso e por aí vai. Ao contrário da classe C, quando você diz o complemento do nome imediatamente as pessoas se lembram de quem é. No caso da classe C em alguns casos é preciso contar alguma história que lembre o "artista".

Já a classe A pode ser identificada pelo seguinte. Você diz o nome e não precisa explicar o que o sujeito faz. Por exemplo, Antonio Fagundes. Ou Tony Ramos. Roberto Carlos. Lima Duarte. Silvio Santos. Luciano Huck. Xuxa. Romário. Zico. Raí. Ronaldo. Zezé di Camargo. Fabio Junior. Rogério Ceni. Padre Marcelo. Ivete Sangalo. William Bonner. Cid Moreira. Lula. José Serra. Maluf. Gustavo Guga Kuerten. Felipe Massa. E por aí vai.

No caso da Super Classe que o Paulo Coelho se referiu, teríamos no Brasil alguns nomes que seriam conhecidos em qualquer canto do planeta não correndo o risco de ser barrado no tapete vermelho do Oscar ou no festival de Cannes. Entrariam tranquilamente no Vaticano. Posso citar alguns nomes como Pelé, Ayrton Senna, Roberto Carlos, Lula e outras figuras.

No fundo, as pessoas correm para comprar ingressos ou bajular algumas dessas figuras. Desde que não saibam o que elas são capazes de fazer quando as câmeras estão desligadas.

Não é a tôa que alguns vivem tendo filhos por aí. Outros morrem por overdose. Outros são flagrados no morro ao lado de traficantes. Tem aqueles que param na delegacia por espancar a esposa. Outros negam paternidade. Outros são vaidosos ao extremo e muito ciumentos. Tem os que adoram e fazem tudo por "dinheiro". Charlatão tem de monte. Alguns vivem tendo acidentes domésticos misteriosos.

Cada um com sua vida, é lógico. É até bom que as pessoas nem façam idéia do que as "celebridades" fazem fora dos holofotes. Que continue valendo e acreditando apenas no que acontece no picadeiro.

Abração.

RICARDO LEITE.

FONTE:
www.ricardoleitecomvoce.com.br

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