Olá!!!
Hoje eu fui abastecer o carro.
É comum atualmente os carros utilizarem álcool e gasolina como combustível ao mesmo tempo. Os chamados carros "flex".
Isso se propagou porque era vantajoso encher com álcool, bem mais em conta.
Acontece que ele é consumido muito mais rápido. Ou seja, o consumo e o gasto é bem maior, por mais barato que seja.
Ele se torna vantajoso se custar até 69% do preço da gasolina.
Passando disso, é melhor abastecer com gasolina. Vai ficar mais caro a princípio mas você vai demorar mais para voltar ao posto. No final das contas, fica mais barato.
E como o álcool passou a casa dos 70% do preço da gasolina, não houve dúvidas, os meios de comunicação alertaram a população.
Os usineiros mais uma vez estavam se achando os espertos.
O brasileiro é de hábito comum. Ou seja, em alguns países, o povo reage imediatamente. Em outros é bem mais lento. O brasileiro está no meio termo.
Então, mesmo com a divulgação que os usineiros estavam abusando no preço e os postos de combustíveis estavam estourando a boca do balão no preço do álcool, demorou quase dois meses para as pessoas tomarem uma atitude.
Alguns pessimistas sempre comentam: mas o que vai adiantar apenas eu mudar pra gasolina se o resto continua colocando álcool. Bom, de grão em grão a galinha enche o papo.
Demorou quase dois meses mas os donos de postos e os usineiros perceberam que a ficha do povo tinha caido.
E os grãos começaram a fazer a diferença.
Hoje pela manhã, ao abastecer o veículo percebi o proprietário do posto andando de carro em carro.
Então eu desci do veículo pra dar uma olhada num arranhão. Ele veio e se aproximou procurando o adesivo no carro pra saber se é "flex".
Ao constatar já soltou a frase quase como um apelo "ei, vai um alquinho aí né".
Eu olhei pra ele. O mesmo percebeu e já veio com o argumento engatilhado "é que agora baixou o preço de novo".
Dei um tapa no ombro dele e falei "valeu amigo". E saí pra pagar a conta.
Pode parecer bobagem mas dá uma sensação de poder ao consumidor naquele momento. O dono do negócio veio dar uma sugestão. Percebeu que o povo abandonou o tão precioso "álcool".
Vou voltar a utilizar. Quando baixar mais um pouco.
Nós, pequenos grãos, temos o poder. Mesmo desunidos.
Há pessoas que não acreditam nisso. Fazem e desfazem. Depois o lucro, o ibope, os números, as arrecadações caem, eles ficam boquiabertos e procurando uma saída.
É muito difícil aos grãos perceberem o poder que tem. Nem imaginam que os poderosos morrem de medo. E apostam na sensação de "o que adianta apenas eu fazer" para continuar mandando e desmandando.
Lembro-me que quando fazia o programa Momento de Fé, na Rádio Globo, tínhamos uma média que nunca, nunca, nunca baixava de 1 milhão de ouvintes. Só em São Paulo. Idem no Rio de Janeiro.
Até o dia em que saí do programa ele tinha essa média. Eu monitorava tudo e mantinha um sistema meu pra saber o que fazer em qualquer queda mínima. O número nunca baixava tanto. E vivíamos sempre num patamar alto.
Estou dizendo isso pra contar algo pra você: cada email era tratado com devida atenção. Cada carta. Todas sem exceção. Passava todas as manhãs respondendo e telefonando para as pessoas. Em todos os cantos do país. Cada grão era valioso pra mim.
O dia em que os grãos perceberem que são mais fortes do que imaginam nem sei o que seremos capazes.
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: http://www.ricardoleitecomvoce.com.br/
Hoje eu fui abastecer o carro.
É comum atualmente os carros utilizarem álcool e gasolina como combustível ao mesmo tempo. Os chamados carros "flex".
Isso se propagou porque era vantajoso encher com álcool, bem mais em conta.
Acontece que ele é consumido muito mais rápido. Ou seja, o consumo e o gasto é bem maior, por mais barato que seja.
Ele se torna vantajoso se custar até 69% do preço da gasolina.
Passando disso, é melhor abastecer com gasolina. Vai ficar mais caro a princípio mas você vai demorar mais para voltar ao posto. No final das contas, fica mais barato.
E como o álcool passou a casa dos 70% do preço da gasolina, não houve dúvidas, os meios de comunicação alertaram a população.
Os usineiros mais uma vez estavam se achando os espertos.
O brasileiro é de hábito comum. Ou seja, em alguns países, o povo reage imediatamente. Em outros é bem mais lento. O brasileiro está no meio termo.
Então, mesmo com a divulgação que os usineiros estavam abusando no preço e os postos de combustíveis estavam estourando a boca do balão no preço do álcool, demorou quase dois meses para as pessoas tomarem uma atitude.
Alguns pessimistas sempre comentam: mas o que vai adiantar apenas eu mudar pra gasolina se o resto continua colocando álcool. Bom, de grão em grão a galinha enche o papo.
Demorou quase dois meses mas os donos de postos e os usineiros perceberam que a ficha do povo tinha caido.
E os grãos começaram a fazer a diferença.
Hoje pela manhã, ao abastecer o veículo percebi o proprietário do posto andando de carro em carro.
Então eu desci do veículo pra dar uma olhada num arranhão. Ele veio e se aproximou procurando o adesivo no carro pra saber se é "flex".
Ao constatar já soltou a frase quase como um apelo "ei, vai um alquinho aí né".
Eu olhei pra ele. O mesmo percebeu e já veio com o argumento engatilhado "é que agora baixou o preço de novo".
Dei um tapa no ombro dele e falei "valeu amigo". E saí pra pagar a conta.
Pode parecer bobagem mas dá uma sensação de poder ao consumidor naquele momento. O dono do negócio veio dar uma sugestão. Percebeu que o povo abandonou o tão precioso "álcool".
Vou voltar a utilizar. Quando baixar mais um pouco.
Nós, pequenos grãos, temos o poder. Mesmo desunidos.
Há pessoas que não acreditam nisso. Fazem e desfazem. Depois o lucro, o ibope, os números, as arrecadações caem, eles ficam boquiabertos e procurando uma saída.
É muito difícil aos grãos perceberem o poder que tem. Nem imaginam que os poderosos morrem de medo. E apostam na sensação de "o que adianta apenas eu fazer" para continuar mandando e desmandando.
Lembro-me que quando fazia o programa Momento de Fé, na Rádio Globo, tínhamos uma média que nunca, nunca, nunca baixava de 1 milhão de ouvintes. Só em São Paulo. Idem no Rio de Janeiro.
Até o dia em que saí do programa ele tinha essa média. Eu monitorava tudo e mantinha um sistema meu pra saber o que fazer em qualquer queda mínima. O número nunca baixava tanto. E vivíamos sempre num patamar alto.
Estou dizendo isso pra contar algo pra você: cada email era tratado com devida atenção. Cada carta. Todas sem exceção. Passava todas as manhãs respondendo e telefonando para as pessoas. Em todos os cantos do país. Cada grão era valioso pra mim.
O dia em que os grãos perceberem que são mais fortes do que imaginam nem sei o que seremos capazes.
Abração.
RICARDO LEITE.
FONTE: http://www.ricardoleitecomvoce.com.br/
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